domingo, 31 de março de 2013

Síntese do conteúdo abordado na Aula de 11 de setembro de 2010.


FACULDADE DO VALE DO JAGUARIBE
Programa de Pós-Graduação
Disciplina: Fundamentos Filosóficos e Estéticos da Arte
Professor: Eudes de Pádua (in memoriam)



MonaLisa e MonaRica

A origem da palavra Arte vem do Latim Ars, que significa técnica e/ou habilidade, a arte está atrelada a manifestações geralmente feitas por artistas a partir da percepção, de emoções e ideias sobre obras e criações ligadas a pintura, música, dança, teatro, arquitetura, dentre outros.
Ao pesquisar sobre a origem dessa palavra percebe-se que geralmente quando se destaca o assunto, há uma notória associação de seu conceito com a pintura, o que aparece geralmente nos livros, consolida-se como arte, a exemplo, da famosa tela Monalisa pintada por Leonardo da Vinci. Fica claro que o que é arte para alguns pode não ser para outros.
 Os Indios, por exemplo, não consideram Monalisa como obra prima muito pelo contrário, sua visão de belo não se moldou a padrões estéticos que acreditamos ser importantes para a formação cultural das pessoas. A cultura deles é difrente da nossa.
A definição primeira de arte é que arte é diferente de obra de arte, uma obra de arte tem que necessariamente possuir três qualidades importantes: primeiro a obra tem que ser única, ser reconhecida por todos e principalmente ser considerada um destaque e ter visibilidade unirversal.
Os gregos acreditavam que a arte tinha que ser perfeita e era uma das principais áreas de conhecimento para a formação de caráter ético e moral de um indivíduo, bem como na sua formação cultural. Eles eram perfeccionistas, Sócrates acreditava que a arte seria algo divino e intocável que só deus poderia explicar essa perfeita conexão do belo com a arte, já Platão acreditava que arte era tudo aquilo que é belo, bom e verdadeiro.
Aristóteles contemporâneo dos dois dizia ser o homem o responsável pelas contruções de sua própria arte, que a arte simplismente era um fruto do trabalho das pessoas e não somente seria deus o criador, mas teria sim a contribuição esforçada e detalhada do autor da obra. Surje então outro pensador e filósofo que contribui ainda mais para conceituar arte, Immanuel Kant. Ele destacava dizendo: “a arte só é arte se for reconhecida por alguém”. A obra de arte está na exclusividade da peça.
Finalizando a aula, ficou proposto o estudo detalhado sobre uma das principais artes que destacamos no curso em questão, que é a música.


A finalidade da arte é dar corpo à essência secreta das coisas, não é copiar sua aparência”. Aristóteles.

Um comentário:

  1. Em Marxs, o conceito de “alienação do trabalho” sugere a reprodução do trabalho como forma de sobrevivência. Tal análise na perspectiva da vivência profissional musical é visto como a ideia a que destacamos como reprodução do que faz sucesso, ou seja, trocando em miúdos, é mais fácil copiar o que está dando certo do que criar algo novo. Tal conceito de alienação é bastante visto hoje em dia no mercado musical brasileiro, e percebe-se um comodismo em apenas copiar, até mesmo em caráter estéticos, a música que tende a gerar mais lucros ao chamado público da “ostentação”, castrando qualquer meio de criação e inovação musical.
    Adorno (2009, p.16), destaca que a música também não escapa do capitalismo, pois quanto mais qualidade em sua composição ela tiver, menos valorizado para o mercado será. No trecho “... a própria música inexoravelmente submeter-se-á, aí a sua condição de mercadoria: quanto mais elaborada menos procurada”, nos leva a reflexão de que a música é um produto e pode ser vendida pelas mídias, pois quanto menos elaborada, ou seja, mais fácil de tocar, de cantar, com letras de fácil absorção do tipo “chiclete” que gruda e não sai mais da cabeça, melhor será o resultado. As pessoas de algum modo não querem pensar, é mais fácil ter algo que sirva apenas para distraí-las, do que algo que as faça pensar.
    Essa alienação tem se arrastado em vários gêneros musicais, não só aos que caracterizamos como “da mídia”, sertanejo universitário, forró ou funk carioca, mas também bandas e artistas de rock, pop ou mpb.
    Quando citamos alguns programas de calouros brasileiros, logo analisamos por vezes, que alguns candidatos tendem a se tornar cópias de artistas americanos reproduzindo de forma alienada o que deu certo mundo a fora. Claro que o conceito de que tudo se copia não deve ser descartado, mas estamos devendo, e muito, em originalidade. Copiar tal qual, uma banda, um artista ou mesmo um guitarrista famoso é muito fácil, difícil mesmo é ser original e tornar-se referencia no mundo da música.
    Por isso, devemos pensar em ser diferentes como artistas, tentar tirar o que somos na essencia do nosso próprio “eu”. Não tente ser o artista “x” buscando copia-lo, seja você mesmo. Crie sua música, improvise e não se preocupe em apenas copiar, seja original!

    Texto extraído de minhas inquietações como artista.
    Gleydson frota

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